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Topic: French Defense Winawer Variation Game... (Portuguese and English...)
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Blind_BeholderBrazil flag
Jul 16 2006 04:18 AM
Robelix... I did not read the Mr. Watson book yet...
The idea of major piece sacrifice or exchange for minor pieces looks good. But I don´t have the "balls" to play this stile. (At least until some good research on those lines).

Playing to achive a wining end of pawns, even with the same material and with major pieces for minor pieces exchange is playing a level very ahead of me...(maybe some more years from now... :P)

---

Lukius, at first glance your game was very close to the poisoned pawn variation.
In my opinion when you play the french winawer and you are white, it´s you that have to attack black king side... If you give black control of the king side you will probaly be lost...



LukiusBrazil flag
Jul 16 2006 03:09 AM
Congratulations to the game and analysis, mr.Blind. It remembered an unpleasant experience to me that recently I had with the French...

[Event "Let's play chess"]
[Site "Gameknot"]
[Date "2006.06.27"]
[Round "-"]
[White "Lukius"]
[Black "Subzerooo"]
[Result "0-1"]
[WhiteElo "2022"]
[BlackElo "2254"]
[TimeControl "1/259200"]
[Mode "ICS"]
[Termination "normal"]


FlipFirst Move   Previous MoveNext Move   Previous Move (with variations)Next Move (with variations)   Last Move

1. e4 e6 2. d4 d5 3. e5 c5 4. c3 Qb6 5. Nf3 Bd7 6. Bd3 cxd4 7. Nxd4 ( No newness so far...the last book move ) 7... Bc5 ( Surprise! I waited 7... Ne2 or 7... Nc6 . This simple and efficient move is better. ) 8. Qg4 Ne7 9. Qxg7 ( Without a doubt it is not most cautious... ) 9... Rg8 10. Qf6 Rxg2 11. Nb3 Na6 12. Nxc5 Nxc5 13. Bxh7 Bc6 ( The black advantage is obvious... ) 14. Nd2 Rd8 15. Kf1 d4 16. c4 d3 17. Qh4 Qa5 18. a4? ( 18. Qh6 is a option... ) 18... Rg7 19. f3 Qc7 20. Rg1 Rxg1+ 21. Kxg1 Qxe5 22. Ra3 a5 23. Be4 Bxe4 24. fxe4 Ng6 25. Qg4 Rd4 26. Nf3 Qg7 27. Bd2 Rxe4 28. Qg5 b6 29. Bc3 Qh7 30. Kh1 Qh3 31. Qg2 Qh5 ( Resign...an instructive game. ) 0-1


csparrowBrazil flag
Jul 19 2006 04:07 PM
Por coincidência, estava no domingo dando uma olhada numa Winawer, apesar de ser um "siciliano" fanático. Depois até mandei a partida para o site do CXV. Mas o fato é que recentemente resolvi fazer algo que sempre adiei: estudar as partidas de Mikhail Tahl. Não sou muito bom em tática e, talvez por isso, sempre refiz as partidas de Tahl como mero divertimento, mas estudar que é bom, só o Capablanca, Botvinnik, Fischer e outros jogadores posicionais. Além disso, jamais considerei Tahl um grande analista (ver, por exemplo, as análises dele que Bjelica publicou em seu livro sobre Fischer). Ele é mais um intuitivo, uma espécie de Garrincha do xadrez, o que não é pouca coisa. Mas, amigos, olha só o que eu achei logo no início do livro de Tahl sobre o match com Botvinnik (o que ele venceu, se tornando, na época, o campeão mais jovem da História). É a primeira partida do match. Os comentários, evidentemente, são do Tahl.




Tahl,M - Botvinnik,M [C18]
World Championship 23th Moscow (1), 15.03.1960
[Tahl]

Devo confessar para os leitores que meu espírito, em alta até o começo do match, não estava tão elevado. E havia uma boa razão para isso: nos poucos anos precedentes, eu havia tido o "charmoso" hábito de começar um torneio com uma derrota. O XXV Campeonato da União Soviética, o torneio Interzonal em Zurique, a Espartaquíada do Povo da URSS, e, finalmente, o Torneio dos Candidatos! Esta lista parece-me ser mais do que suficiente. Isto tinha em tal grau entrado na minha carne e no meu sangue que o resultado da primeira partida não seria uma surpresa para mim, para meu oponente ou para meus amigos enxadristas, que não começariam a procurar comunicados de xadrez ou comprar boletins até a segunda rodada. É verdade que eu tive sucesso em vencer a primeira partida contra o Grande Mestre Tolush no Primeiro Torneio Internacional de Riga, no fim de 1959, mas, por outro lado, a vitória nessa primeira partida foi virtualmente única para mim em competição.

O problema de iniciar a primeira partida do match não tinha sido considerada por nós. Mesmo nas cerimônias de encerramento do Torneio de Candidatos em Belgrado, um comentarista radiofônico iugoslavo perguntou-me: "O que você, com as brancas, jogará no primeiro lance de seu match com Botvinnik?". Eu prometi, sem muita reflexão, começar a partida avançando meu peão do rei, e eu não queria faltar com minha palavra por qualquer razão; não obstante isso, a jogada e4 não é assim tão má...

1.e4 e6

Isto é uma surpresa? No que me toca, não. Pelo menos, na preparação para o match, eu e meu treinador Alexander Koblents imaginamos que o uso da Defesa francesa era uma real possibilidade. Apesar de que esta abertura não trouxe a Botvinnik qualquer especial sucesso em seu segundo match com Smyslov, a excepcional capacidade criativa de Botvinnik não fornecia qualquer base para conceber que ele evitaria esta pura Defesa Francesa que tantas vezes tinha lhe dado renhidas vitórias. O mais recente dos jogos "franceses" de importância teórica tinha sido jogado entre Gligoric e Petrosian no Torneio de Candidatos de 1959, e, nesse jogo, as brancas tinham se saído bem na abertura. Nós tínhamos, naturalmente, estudado esse jogo e não estávamos contra uma repetição dos movimentos de abertura. Entretanto, como era óbvio que Botvinnik tinha também analisado esse jogo, o match assumiu um aspecto psicológico muito peculiar, considerando as aberturas, desde a primeira partida. Antes de minha segunda jogada, eu refleti por 1 minuto, recordando as numerosas ramificações desta abertura, considerando aquelas a que meu oponente podia também dar importância.

2.d4 d5 3.Nc3 Bb4

A Defesa Francesa é uma das mais complicadas aberturas. Por um longo tempo pensava-se que se devia ir por uma extensa luta de manobras, evitando escaramuças imediatas. Devido aos esforços de teóricos soviéticos, Rauzer (para as brancas) e Botvinnik (para as negras), foram achadas maneiras de intensificar enormemente a posição. Na variante empregada por Botvinnik neste jogo, as negras desistem de seu bispo de casas escuras, o que debillita de forma significativa seu flanco do rei. Em compensação, elas estão aptas a colocar pressão sobre o mais comprometido flanco da dama branco. Muitos jogos que começaram com esta variante provaram que se as brancas não são bem sucedidas em desenvolver rapidamente uma iniciativa, as debilidades em sua posição cedo ou tarde se farão sentir. Precisamente por causa disso, as brancas devem imediatamente tentar trazer o assunto à baila, assim como impedir a estabilização da posição de seu oponente.

4.e5 c5 5.a3 Bxc3+

Botvinnik escolhe uma de suas linhas favoritas. É curioso notar que no match de 1954 com Smyslov, ele recuou seu bispo para a5 em vários jogos. O Grande Mestre Smyslov não gosta de longas variantes na abertura. Depois das jogadas 6.b4 cxd4 nos primeiros três jogos, ele continuou com 7.Nb5 procurando jogo tranquilo para tirar vantagem da ativa posição de suas peças. Pode-se pensar que Botvinnik considerou esta variante plenamente aceitável para as negras,, uma vez que na nona partida do mesmo match ele novamente continuou com 5...Ba5, mas dessa vez (depois de preparação doméstica) Smyslov escolheu a aguda continuação 7.Qg4 e, depois de Ne7 8.bxa5 dxc3 9.Qxg7 Rg8 10.Qxh7 Nd7 (muito mais ativa que 10...Nbc6 ) 11.Nf3 Nf8 12.Qd3 Qxa5 13.h4! obteve uma significativa vantagem e venceu belamente a partida. Botvinnik empregou essa mesma variante em sua partida com Unzicker (Olimpíada de Xadez, 1954). Dessa vez, é verdade, ele não "dissipou" peões no flanco do rei, preferindo o mais cuidadoso 7...Kf8 , mas, nesse encontro, chegou-se a uma posição sem importância, no que diz respeito à abertura. Parece que, precisamente por causa de 7.Qg4, Botvinnik abstém-se de 5...Ba5, apesar do que, mesmo aqui, a última palavra ainda não foi dita. A partida Matanovic-Mititelu (Zonal, Budapest, 1960) foi extremamente interessante desse ponto de vista. Note-se, de passagem, que a jogada Qg4 recentemente se transformou em algo como o "cartão de visita" das brancas na Defesa Francesa, naqueles casos em que as brancas empenham-se em obter o maximum na abertura.

6.bxc3 Qc7

Há uma curiosa história ligada à esta jogada. A variante 6...Ne7 parece mais flexível, uma vez que o cavalo do rei ainda tem que ser desenvolvido deste modo, enquanto a dama negra pode, quando for a ocasião, ocupar a5 e, mais tarde - a4. Mas a patente continuação 7.Qg4 novamente causa complicações, sobre as quais a teoria do xadrez não deu ainda seu julgamento final. Se a memória não me falha, Botvinnik jogou 6...Ne7 pela última vez numa partida com Alexander (match radiofônico URSS-Inglaterra, 1947). O mestre inglês continuou: 7.Qg4 cxd4 8.Qxg7 Rg8 9.Qxh7 Qa5 10.Rb1 e, depois de uma complicada luta, venceu o jogo. Subsequentemente, o Grande Mestre Yefim Geller sugeriu uma continuação mesmo mais forte - 8.Bd3 e usou-a com sucesso, com uma bela vitória sobre Sokolski no XVIII Campeonato da URSS. Recentemente, advogados desta variante têm indicado que se deve continuar com 7...0-0 ou 7...Nf5 para reforçar a defesa. Botvinnik está tentando criar jogo no centro imediatamente.

7.Qg4

"Nada de novo sob o sol". Meu oponente tem repetidamente enfrentado esta variante em seus jogos. Depois de 7.Nf3 o jogo é suficientemente complicado, mas insuficientemente agudo. Pelo momento, as brancas estão ameaçando aniquilar o flanco do rei.

7...f5

7...Ne7 8.Qxg7 Rg8 9.Qxh7 cxd4 é apenas uma transposição de jogadas. Agora a idéia por trás da sexta jogada das negras é revelada - g7 está defendido. Em vista do fato de que a captura en passant 8.exf6 Nxf6 somente confirmaria a bem conhecida tese, que aparece em todos os textos, de que não é valioso desenvolver a dama no começo da partida. As brancas naturalmente continuam com...

8.Qg3 Ne7

Com sua última jogada, as negras no mínimo enfatizam que não temem uma captura em g7. Com o objetivo de evitar isto, elas podiam ter previamente trocado no centro com 8...cxd4 9.cxd4 e somente então continuar com 9...Ne7, depois do que é ruim 10.Qxg7?? por causa de 10...Rg8 11.Qxh7 Qc3+. O próprio Botvinnik jogou isto numa partida com Reshevsky (match do Torneio pelo Campeonato do Mundo, 1948). As brancas continuaram com 10.Bd2 0-0 11.Bd3 b6 12.Ne2 Ba6 13.Nf4 e conseguiram uma boa posição de ataque. É verdade que, à medida que a partida progrediu, Botvinnik foi bem sucedido em repelir o ataque com uma acurada defesa, e mesmo ganhou a partida, mas, apesar disso, existem poucas pessoas que são aptas a lidar com tal posição, uma vez que, visivelmente, as brancas têm uma tangível vantagem posicional: seu bispo de casas escuras, apesar de somente operar em uma diagonal, pode atacar via d2 para b4, onde estará posicionado muito mais ativamente. O jovem, talentoso mestre alemão Fuchs é um dos "últimos dos moicanos" que ainda defende esta variante. Ele usou essa continuação duas vezes contra jogadores soviéticos - com Spassky, no Campeonato Mundial Estudantil, em Varna (1958) e com Vasyukov (Gota, 1957), mas foi triturado ambas as vezes em cerca de 25 jogadas.

9.Qxg7

Smyslov, na partida 14 de seu match com Botvinnik, evitou complicações e jogou 9.Bd2 As negras desenvolveram suas forças como na partida com Reshevsky, e receberam uma boa posição graças à passiva posição do bispo da dama branco. Eu estou seguro de que se as brancas quiserem, elas podem conseguir uma vantagem na abertura; mas de nenhuma forma elas devem deixar passar essa espécie de continuação de dois gumes, que sempre parece tão básica e, mais frequentemente que não, mostra-se a mais forte.

9...Rg8 10.Qxh7 cxd4 11.Kd1!?

Vinte anos atrás, um comentarista encolher-se-ia de horror diante de tal jogada. Logo no começo da partida, o rei branco levanta-se para uma viagem! Esta excêntrica continuação é vista pouco hoje em dia. As brancas preferem mascarar por enquanto seus planos de desenvolvimento do cavalo do rei, mantendo a possibilidade tanto de e2 quanto de f3, ao mesmo tempo que mantêm livre a diagonal f1-a6. Perder o direito de rocar não tem nenhum significado, já que, antes de tudo, seu oponente não está muito bem desenvolvido ainda, e, em segundo lugar, o próprio rei negro está desconfortável em e8. Pelo que me toca, a única partida na qual deparei com o lance 11.Kd1 (recomendado, a propósito, por Max Euwe) foi na acima mencionada partida Gligoric-Petrosian. O Grande Mestre soviético continuou com a direta 11...Nbc6 12.Nf3 Nxe5, mas, depois da fortíssima 13.Bg5!, entrou em dificuldades. (13...Nxf3 não funciona por causa de 14.Bb5+!). Do seu inabalável ponto de vista analítico, Botvinnik não deve ter passado por cima da possiblidade de fortalecer o jogo negro.

11...Bd7

Uma jogada muito astuciosa. As negras têm a intenção de usar a ajuda do bispo junto com o poder de ataque da dama para ressaltar a vulnerabilidade do rei branco. As peças têm que ser desenvolvidas em qualquer caso, mas é melhor mover primeiro o bispo. Se as brancas jogam agora 12.Nf3, então, depois de 12...Ba4 13.Bd3 Qxc3, sua posição torna-se imediatamente crítica. Em caso de 12.Ne2 as brancas ainda podem jogar 12...Ba4, com a desagradável ameaça de 13...d3. É fácil ver como o movimento 11...Bd7 mata dois coelhos com uma só cajadada; estrategicamente, ajuda a completar o desenvolvimento e prepara o roque largo, ao mesmo tempo em que, taticamente, apronta um golpe em c2. Se as brancas não querem cair sob forte ataque, devem jogar de maneira extremamente ativa. Existe base para isso. Com sua jogada 7...f5, as negras livraram-se de seu peão que estava em f7, em relação ao qual o rei negro frequentemente joga o desagradável papel de "guardião", mas, por outro lado, a diagonal h5-e8 foi debilitada, e esta diagonal protege o rei negro quando o peão "f" está em sua posição original. Além disso, o lance 7...f5 tirou das peças negras qualquer futuro apoio "material" nessa diagonal. De qualquer forma, a dama branca pode agora retornar para a "praia natal" com um tempo.

12.Qh5+ Ng6

Em caso de 12...Kd8, eu tinha a intenção de continuar com 13.Bg5 , indo para um ataque. Com o lance do texto, as brancas soltam um "balão de ensaio" - ficarão as brancas satisfeitas com um empate depois de 13.Qh7 Ne7 14.Qh5+ , etc.?

13.Ne2

Pode-se entender que tal acordo para um empate seria uma considerável derrota criativa. Significaria que eu admitia que estava chafurdando num lamaçal de confusão depois da primeira inovação do meu oponente. A jogada 13 das brancas tem a intenção de tirar vantagem da cravada. Ela ameaça 14.Nf4, e, se 14...Kf7, a tranquila 15.Bd3 poderia se seguir, ou a aguda 15.g4. Agora as negras devem cuidar de seu rei. Botvinnik passou mais de meia hora deliberando sobre esta posição, do que pode ser inferido que ele não tinha coberto todas as sutilezas da variante em seu laboratório doméstico. A continuação 13...Qxe5 ou 13...dxc3 14.Nf4 Kf7 15.Bd3 (significativamente mais forte que 15.Qh7+, recomendada por Vukovic), com um número de ameaças desagradáveis (possível, por exemplo, é a variante 15...Nc6 16.Bxf5 exf5 17.e6+ Bxe6 18.Qh7+ Rg7 19.Qxg7+!), não é de todo satisfatória para as negras. A direta 13...Ba4 é apressada contra a tréplica 14.Nf4 Qxc3 15.Bd3 Qxa1 16.Nxg6 Nc6 17.Nf4+! (mais forte que a variante que eu examinei durante a partida. 17.Ne7+ Kd7! 18.Nxg8 Rxg8 com jogo de dois gumes.). Do mesmo modo, o poblema não é resolvido por 13...Nc6 14.cxd4 Rc8 15.Ra2. Botvinnik escolhe a melhor continuação, que, ao preço de um peão, deixa mais insegura a posição do rei branco. Agora a partida toma o caráter de um "gambito".

13...d3!

A resposta das brancas é forçada.

14.cxd3 Ba4+

Por estranho que pareça, esta jogada natural não parece ser muito correta. As negras aproveitam-se da oportunidade de quebrar a cravada no flanco do rei com um tempo, mas, ao assim fazer, elas empurram o rei branco para e1, onde ele está consideravelmente mais seguro. O problema das brancas seria muito mais complicado depois da simples 14...Nc6 , seguida pelo roque largo. O rei branco, cuja proteção no flanco da dama era muito inconfiável, teria que desperdiçar um tempo para ir ao outro flanco via e1. Penso que depois de 14...Nc6 as negras teriam tido alguma compensação real por seus dois peões sacrificados.

15.Ke1 Qxe5

Esta é uma tentativa plenamente inteligível das negras de retomar algo de seu material sacrificado, mas a jogada do texto perde um bocado de tempo. 15...Nc6 poderia estar mais no espírito do plano negro. É verdade que agora esta jogada não é tão forte, já que as brancas podem continuar com 16.f4 0-0-0 17.Bd2, gradualmente liberando as peças sobre seu flanco do rei. Cedo ou tarde, as negras terão que sacrificar um cavalo em e5. É difícil antecipar os futuros acontecimentos, mas, em qualquer caso, as negras podem ter a iniciativa. É tentadora a continuação sugerida pelo mestre tcheco Podgorny, 15...Bb5 , mas, continuando com 16.Bg5! Bxd3 17.Kd2 , as brancas conquistam a iniciativa.

16.Bg5!

O problema básico que agora enfrentam as brancas é como manter o rei negro no centro. A esse respeito, a perda do peão branco "e" jogou isso nas mãos das brancas, já que novas ameaças podem ser criadas com a abertura da coluna "e". O plano das brancas é levado a cabo pelo incomum desenvolvimento "lateral" da torre.

16...Nc6

A tentativa de lutar pela iniciativa com 16...f4 não funciona, em vista de 17.d4 Qf5 18.Nxf4 Qc2 19.Ne2.

17.d4 Qc7

Depois de 17...Qe4 18.Rc1! a dama negra acha-se sem muito lugar para ir no centro do tabuleiro. A transição para o final 17...Qh8 18.Nf4 também não é satisfatória para as negras.

18.h4!

Isto não foi jogado para começar o avanço do peão passado (apesar de que isso jogará a sua parte), mas para levar as brancas mais próximo de seu objetivo de lançar a torre do rei na partida e precipitar os prementes desenvolvimentos no centro. Em caso de continuações mais vagarosas, as negras, jogando 18...Nce7 e preparando o roque largo, obtêm uma posição dinâmica. Agora, não há tempo para 18...Nce7, pois as brancas simplesmente trocam em e7 (19.Bxe7 Qxe7) e continuam com 20.Qg5, levando o jogo por canais extremamente prosaicos. Por consequência, as negras são forçadas a se deparar, a meio caminho, com linhas abertas.

18...e5 19.Rh3

Lançando em jogo as reservas e, simultaneamente, contendo a ameaça 19...exd4 20.cxd4 Nxd4.

19...Qf7

Também possível aqui era 19...e4. Neste caso, a posição das negras seria mais sólida, mas elas não ameaçariam absolutamente nada, e as brancas poderiam ir efetivando sua vantagem de peões sem qualquer obstáculo. Ruim seria 19...f4 20.Qg4. Todos os esforços das negras estão sendo dirigidos para tirar a dama de h5, colocando sua torre em h8, mas elas não estão muito aptas a fazê-lo.

20.dxe5 Ncxe5

20...Rh8 não é possível, em vista de 21.e6 Qxe6 22.Re3 Rxh5 23.Rxe6+ Kf7 24.Rxg6!

21.Re3 Kd7

Novamente, 21...Rh8 22.Rxe5+ Kd7 23.Re7+ Qxe7 24.Qxg6 , não funciona.

22.Rb1

Com esta manobra incomum, as brancas lançam sua torre da dama no jogo; ao mesmo tempo, o peão "b" negro é atacado.

22...b6

É difícil imaginar como, com a dama em h5, a debilidade de a6 pode jogar algum papel, mas, no entanto, ela o faz. O problema das brancas teria sido mais complicado depois de 22...Bc6 . Eu tinha a intenção de sacrificar a troca, transpondo para um final mais vantajoso com 23.Nd4 f4 24.Rxe5! Nxe5 25.Qxf7+ Nxf7 26.Bxf4 Rae8+ 27.Kd2, mas isto teria sido o menor de dois males para as negras. A jogada 22...b6 tem outra desvantagem: as brancas podem aproveitar a posição do bispo em a4, ganhando um importante tempo para o desenvolvimento da torre.

23.Nf4

As peças brancas estão dispostas como a espiral de uma mola. Se as pretas agora jogassem 23...Rh8, então, depois de 24.Nxg6 Nxg6 25.Qe2 a ameaça Qa6 (ver a nota anterior) decidiria a partida.

23...Rae8 24.Rb4!

Preparando o próximo lance branco.

24...Bc6 25.Qd1!

"A dama fez o seu trabalho - agora ela é demitida". As brancas nunca jogaram Rh8. Uma posição mais pitoresca apareceu. O rei e a dama brancos, depois de suas longas viagens, retornaram a suas posições originais; o bispo do rei não fez um único movimento, e, apesar disso, as negras estãi numa posição dificílima. As brancas não somente têm um sólido peão a mais, mas elas também têm peças colocadas de forma extraordinariamente ativa - principalmente as torres, que estão efetivamente controlando o centro. A impressionante massa de peças negras nesta região é, na realidade, inofensiva.

25...Nxf4

As negras estão perdidas depois de 25...Ng4 26.Re2 ou 26.Rxe8 Rxe8+ 27.Be2.

26.Rxf4 Ng6 27.Rd4 Rxe3+

Se 27...f4 , então, 28.Qg4+ decide.

28.fxe3

Não existe necessidade de tirar o bispo de sua ativa posição em g5. O peão "e" branco pode servir como um escudo para o rei, se necessário for. Entretanto, as negras não têm sucesso em criar qualquer ameaça que seja.

28...Kc7 29.c4

Isto leva a uma vantagem material forçada para as brancas. Em caso de 29...Ne7 as brancas continuam com 30.cxd5 Bxd5 (ou 30...Nxd5 31.Bc4) 31.Bxe7 Qxe7 32.Qc1+, não dando às negras absolutamente nenhuma chance.

30.Bxc4 Qg7 31.Bxg8

Não é um mau rumo dos acontecimentos para o bispo, que acaba de fazer sua primeira entrada na partida.

31...Qxg8 32.h5

Finalmente o peão pasado diz a que veio, As negras abandonam.
1-0



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