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Topic: Análises (em português e outras línguas clássicas...)
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Perder, não importa o que se diga sobre a esportividade, o Barão de Coubertin e outros fariseus, não é agradável. Porém, pior ainda é não saber porque fomos derrotados. Por isso, a análise das derrotas é mais importante do que a das vitórias. Pelo menos, aprendemos algo novo.
A partida abaixo foi minha eliminação do QA-ANNIV do ano passado, na sétima rodada. Meu oponente usou uma variante da Najdorf que eu nunca havia enfrentado - a chamada Variante Zagreb - e a manejou muito bem. Abaixo, o que eu pude concluir até agora dessa derrota. Se algum amigo se interessar em melhorar essa análise, ou corrigir seus erros, serei imensamente grato. Para variar, não consegui colocá-la no programa do QA... A partida está em http://www.queenalice.com.//game.php?id=210974.
andbra - csparrow [B91]
QA-ANNIV-02 (7), 15.05.2007
1.e4 c5 2.Nf3 d6 3.d4 cxd4 4.Nxd4 Nf6 5.Nc3 a6 6.g3
A jogada que caracteriza a Variante Zagreb.
6...e5
[6...b5 apareceu em Fine-Najdorf, NY, 1948, 1-0 - e, antes, em Kieninger-Mross, Munique, 1941, 1-0 e Panov-Kotov, Moscou, 1946, 1/2-1/2. No entanto, parece precipitada, numa posição precoce, em que o problema do centro não foi, ainda, minimamente equacionado. Mas não é um acaso que o próprio Najdorf a tenha, numa partida contra Fine, na época ainda um dos melhores do mundo, optado por ela, em vez da sua própria e famosa invenção (a jogada do texto, 6...e5). Esta variante demanda uma ação enérgica imediata das negras, para aproveitar a relativa imobilidade dos peões do flanco do rei branco, que não permitem um contra-ataque de infantaria muito fácil.; Outra alternativa, naturalmente, é 6...e6 ]
7.Nde2
A melhor jogada na posição, considerando a formação de peões do flanco do rei. O cavalo coloca-se logo em posição de disputar o centro.
[O lance que pareceria óbvio, por analogia com outras linhas da Najdorf, 7.Nb3 , é consideravelmente mais fraco, pois significa que além do problema com os peões no flanco do rei, as brancas teriam outro: um cavalo mal colocado em relação à luta central. Numa situação em que as bancas renunciam - ao menos temporariamente - a um ataque de peões no flanco do rei, não é um problema pequeno, ainda que a linha possa ser plenamente jogável.]
7...Nbd7
Esta jogada, segundo alguns teóricos, é a melhor na posição.
[Mas, parecem jogáveis 7...Be7 8.Bg2 Nbd7 (ou 8...0-0 ) ; e 7...Be6 ; Porém, depois desta partida, 7...b5 , com um rápido ataque no flanco da dama, me parece a melhor jogada. No entanto, maiores análises são necessárias para uma conclusão defintiva. P. ex. 8.Bg2 Bb7 9.a4 b4 10.Nd5 Nxd5 11.exd5 a5]
8.a4!
Com o objetivo - plenamente alcançado - de atrapalhar o ataque negro no flanco da dama.
[Eu esperava a linha mais óbvia: 8.Bg2 Be7 9.0-0 , ao que poderia seguir-se 9...0-0 (ou, talvez, 9...b5 ) ]
8...b6
Jogada excessivamente passiva nas circunstâncias. A rigor, significa uma rendição, diante do lance anterior das brancas, ocasionando perda de iniciativa.
[Era preciso tentar 8...Nc5 . P. ex., 9.Bg5 Be7 10.Bg2 0-0 com igualdade.]
9.Nd5!
Tentando conquistar de vez a iniciativa. Em consequência, as negras ficarão com um peão atrasado exposto ao ataque das brancas - o que será seu principal problema nesta partida.
[Seria mais fraco 9.Bg2 Bb7]
9...Nxd5
[9...Nxe4?! 10.Bg2 Nec5 11.Bg5 (11.Be3 Bb7 12.0-0) 11...Qxg5 12.Nc7+ Kd8 13.Nxa8]
10.Qxd5 Rb8 11.Nc3 Bb7
Ivanov-Stolerman, 2002, 1-0.
[Melhor, provavelmente, era 11...Be7 12.Bg2 (12.Bc4 0-0) 12...Bb7 (12...0-0 Ivanov-Najer, 2004, 1/2-1/2.) ]
12.Qd1 Nc5
Algo tardia.
13.Bg2 Be7
[Cheguei a examinar 13...f5 como alternativa. Mas o atraso no desenvolvimento no flanco do rei era uma preocupação maior. P. ex., 14.f3 g6 15.Be3 f4 16.gxf4 e o posterior domínio do centro torna a posição bastante promissora para as brancas.]
14.0-0 0-0 15.b3 Rc8 16.Bb2 Nd7
A idéia era atacar o peão branco de e4 com todas as forças possíveis. Porém, elas serão, devido ao "tempo", insuficientes para a tarefa.
17.Qe2
[Uma alternativa interessante seria 17.Bh3 , impedindo o cavalo negro de se deslocar para f6. No entanto, depois de 17...Rc5 18.Nd5 Nf6 (ou 18...Bxd5 19.exd5) 19.Nxf6+ as negras igualam.]
17...Nf6 18.Nd1 Qc7?
Um erro capital. É correto o princípio de que na Siciliana as negras atacam no flanco da dama. Porém, quando transformado em dogma, isso leva ao desastre. No caso da variante em questão, antes de contra-atacar no flanco da dama, as negras deveriam aproveitar a relativa passividade - devida ao fianqueto - do flanco do rei branco para fazer uma demonstração de força ou, ao menos, prevenir futuros desdobramentos. No entanto, por uma suposta fidelidade a um princípio, as negras, na prática, entregam a partida.
[O melhor era 18...h5 19.c4 h4 20.Nc3 (20.Ne3 Nxe4) 20...g6 21.Bc1 Kg7 22.Be3 Rh8]
19.c4
Com este lance, as brancas consolidam seu domínio do centro, sem que as negras tenham um ataque de flanco para compensar.
19...Bc6
Nesta situação, as negras mudam de plano e desistem de continuar pressionando e4.
20.Nc3 Bd7 21.Rfd1
Agora, as brancas irão para cima do peão atrasado de d6.
21...Rfd8 22.Ba3
Mais uma peça atacando d6.
22...h5
Lance tardio. Agora, as negras não têm tempo para um ataque ao flanco do rei.
23.Rd3
Para dobrar as torres em cima de d6.
23...Qb8
Mera malandragem. Ou, se se quiser uma palavra mais elegante, diversionismo. Diante da falta de opções, as negras tentam confundir o oponente, sinalizando um possível - e falso - contra-ataque no flanco da dama.
24.Rad1
Mas as brancas não se deixam enganar.
24...Bg4
[É enganosa a suposta alternativa 24...b5 25.axb5 (ou 25.Bxd6 Bxd6 26.Rxd6 bxc4 27.bxc4 Qb4; 25.Rxd6? bxc4 26.Rxd7 Rxd7 27.Bxe7 Rxe7 28.bxc4 Qb3) 25...axb5 26.Bxd6 Bxd6 27.Rxd6 bxc4 28.bxc4 Qb4 29.Rxf6 e as brancas têm a partida ganha.]
25.Bf3 Bxf3 26.Qxf3 Rc7 27.Bc1
Este lance sela o destino da partida. As negras não terão condições de suportar, agora, o ataque ao seu flanco do rei - e se limitam a manobras defensivas, não conseguindo contra-jogo.
[As negras teriam maiores chances de empate com 27.Bxd6 Bxd6 28.Rxd6 Rxd6 29.Rxd6 Rxc4 30.Rxf6 Rxc3 31.Qxc3 gxf6]
27...g6 28.Bg5 Nh7 29.Bxe7
[Também ganha: 29.Bh6 Qb7 (29...Bg5? 30.Bxg5 Nxg5 31.Qe3 Nh7; 29...g5?? 30.Qxh5; 29...Ng5 30.Bxg5 Bxg5 31.Nd5; 29...Nf6) 30.Nd5 Rc6]
29...Rxe7 30.g4
[30.Nd5 Re6 31.Qe3 Nf6 32.a5 (32.Qxb6 Qxb6 33.Nxb6 Nxe4) 32...bxa5 33.Nxf6+ Rxf6 34.c5 Qb4 35.Rd5 Rd7 36.Qd3 (36.Rxe5 dxe5 37.Rxd7 a4 38.bxa4 Qxa4 39.Rd5 a5) 36...Kg7 37.cxd6 (37.Rxd6) 37...a4 38.bxa4 Qxa4]
30...hxg4
[30...h4? 31.Qh3 g5 32.Nd5]
31.Qxg4 Re6 32.Rh3 Rd7
[32...Nf6 33.Qh4]
33.Rdd3 Qf8 34.Rdf3 Qg7 35.Nd5 f5 36.Qg2 fxe4
[36...f4? 37.Qg4 Rde7]
37.Rfg3 e3
Uma tentativa inútil de complicar.
[37...Rf7 38.Qxe4]
38.Rxe3 Rf7 39.Rhg3 e4
[39...a5 40.Qe4]
40.Rg4
[Ou, também, 40.Nc3 Rf4 41.h3 (41.Rg4) ]
40...Qa1+ 41.Qf1 Qe5
[41...Qxf1+ 42.Kxf1 Kg7 43.Nf4 Rxf4 44.Rxf4 Nf6]
42.h4
[42.Rexe4 Qxe4 43.Rxe4 Rxe4]
42...Kg7 43.Qe1 Nf6 44.Rg5 Qd4 45.Nf4 Re5 46.Qc1
1-0
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Thanks for translating the Robelix, only I know En lish so translating was a help.
About the line "The problem with this approach is that you start playing ultra-analysed lines that usually lead to boring draws"
This is why I rarely play 1.e4 in competitive play, those lines was analysed so much, plus black knows the specific positions better he does usually. However I typically play openings like Queen Indian Defense formations and know they're aggressive potential, and get calm, quiet, yet adventageous King Gambit as white positions (I do play 1.e4 sometime however never in conventional way and I transpose to King Indian Attack with 2.d3 3.Nf3 sometimes an eventual g3, I like transpose to the Vienna game with 1.Nc3,Nf6 2.e4,e5 3.g3!? perhaps play openings in different way?
I like very sharp as black Modern Tigers, but know to play 4...c6! against the Austrian attack lines so the 4...a6 cannot allways be played, but mostly yes. I wan't to play 1...b6 against 1.e4 but is a forced win for white as white is the clear advantage.
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Lol I mean "I only know "English" if only I knew English that would be quite a lonely world lol :D as for the French in the profile that's a roleplay as Philidor was French 
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